Uma palhaça que anda pelas ruas do mundo a perdido seu parceiro, o que faz que atravesse uma breve crise existencial, uma vez superada a perdida decide arranjar um novo parceiro de cena, é ai quando começa a doida aventura do participante elegido que vai ter que superar provas de suma dificuldade para poder ser parte do show.

“Elegia" é um espetáculo solo com os elementos do circo contemporâneo inspirado no poema homônimo de Carlos Drummond de Andrade. Na montagem, a linguagem do corpo é levada a traçar uma trama que transborda em sentimentos e lirismo, unindo poesia e circo. É um experimento simbólico que busca refletir sobre a vivência, o amor e o papel da arte em um mundo competitivo e indiferente. Traz a necessidade de enxergar o outro por meio de suas próprias experiências. É uma metáfora sobre a miserável condição humana na visão feminina de um momento repentino, é uma dor de mundo contado através do malabarismo lírico. Questiona a fragilidade do tempo, as sensações mais íntimas, a vulnerabilidade dos fortes, a efêmera existência do nascido sem perguntar que cresce nesse divino caos, onde a própria vida ensina rapidamente a adaptar-se.

Entre bananas e abacaxis Tunina tenta se equilibrar, mas descendo e subindo essa palhaça burlesca será. A partir de experimentações e diversas habilidades adquiridas ao longo dos anos e de muito treino, a artista Julia Campos leva à cena uma comicidade surrealista e absurda. Tudo começou com a provocação "O que você sabe fazer?" "Sei equilibrar um copo com água na cabeça" a partir daí outras habilidades para deixar a situação mais complexa foram feitas para desencadear problemas a serem resolvidos em cena. A tímida palhaça que entra em cena preocupada em equilibrar um copo na cabeça acaba botando tudo abaixo e tirando até a roupa. Deixando a plateia por vezes rindo de nervoso, com um misto de vergonha alheia e se perguntando se ela realmente está fazendo aquilo em cena.